Estamos chegando ao final de mais um ano. Em nossas igrejas, já se começa a pensar em como comemorar o Natal. E as comemorações de Natal sempre acabam com festas de palco, que são agradáveis e lindas, mas nunca na compreensão do maior "evento universal", que é a presença de Deus conosco na pessoa de Jesus, que nasceu da virgem Maria, em uma estrebaria, na pequena cidade de Belém.
Na pessoa de Jesus de Nazaré, estava presente a Palavra do Criador - " E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai" [Jo 1.14]
Para nós, os cristãos, é importante que tenhamos nossos olhos abertos, para não cairmos no romantismo que envolve a manjedoura, em uma cena doce em que vemos um lindo bebê. Não podemos esquecer que esse bebê cresceu, tornou-se homem, fez-se sábio; e o traíram, e o coroaram com uma coroa de espinhos, e o crucificaram, impiedosamente, entre dois ladrões!
Jesus encarnou toda a tragédia da redenção! Foi morto por amor a nós e ressuscitou ao terceiro dia.
Os Natais se repetem, mas o sentido profundo desse acontecimento único não mais será repetido, porque Deus, no seu amor infinito, na sua onipotência e onipresença, deu seu Filho unigênito para buscar e salvar o que se havia perdido. E, assim, a manjedoura está ligada à cruz, no cumprimento da promessa de Deus ao homem, criado à sua imagem e semelhança.
Por isso, Ele saiu de sua glória. Neste mundo pecador, nasceu e viveu entre os homens, com o fim único de salvar a todos que nEle creem. Este é o verdadeiro espírito do Natal: "Jesus Cristo encarnado, morto e ressuscitado".
Texto escrito pela irmã Cleonice Maria de Oliveira [1996]
Publicado SAF em Revista [2004]
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